Os espumantes! Asti, Charmat ou Champenoise?

“Champagne per brindare a un encontro(…)”

Pois é, Champagne só é champagne se tem sotaque francês. A denominação geral é espumante. E brinda-se bem também com um Lambrusco ou Prosecco da Itália, um Sekt alemão, uma Cava Espanhola e outras denominações. A propósito: os espumantes brasileiros estão ganhando respeito também. 

Mas, tão importante quanto a denominação do espumante é o tipo de fermentação. Essa é a melhor forma de escolher um espumante porque conhecendo qual é o processo conhecemos as características do vinho e por isso qual vai nos agradar. Os vinhos espumantes podem ser produzidos por três métodos de fermentação: Asti, Charmat e Champenoise. 

O método Asti  

Asti é província italiana na região do Piemonte. Por esse método, O gás existente é resultado direto da fermentação das cepas. A fermentação é interrompida a 7% ou no máximo 10% de álcool. Por isso, são vinhos doces, frescos e aromáticos. Um melado (com todo respeito aos produtores) para quem gosta de um espumante Brut. Mas, pode ser um bom aperitivo ou um bom acompanhamento para sobremesas. Muitos espumantes da Cepa Moscatel são feitos por este processo. Na Italia, os ASTI certamente são feitos assim e tem essas características

O método Charmat  

Neste caso, o vinho já fermentado é a matéria prima do espumante. A elaboração acontece com a adição de leveduras e licor de tiragem (uma mistura de mosto, aquela pasta da fermentação do vinho, e açúcar refinado) e um novo processo de fermentação. Esse processo é feito em autoclaves para que o gás carbônico não se desprenda. Daqui saem espumantes mais complexos e estruturados, como Proseccos e Sekts. No Brasil, por esse processo temos Moscateis Extra-brut, Brut, Seco e Demi-Sec. 

O método Champenoise

É o método mais tradicional, utilizado na região de Champagne, na França. Também é feito à base de um vinho já fermentado. A diferença é que a segunda fermentação é feita na própria garrafa. É um processo meticuloso, demorado e praticamente artesanal. O que resulta em maior riqueza aromática, mais estrutura, mais delicadeza na presença  de Perlage (daqui em diante não falamos mais borbulhas OK? É Perlage!). Estamos falando de Champagne (França), Cava (Espanha), Franciacorta (Italia) e alguns espumantes do Brasil, Portugal e Argentina (Em Mendoza, já se elabora espumantes tintos de Malbec. Se puder experimente!)

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